22 de fevereiro de 2015

o Mago. - Fernando Morais, 2008.



Morais, de forma romanceada (a meu ver) conta a trajetória de Paulo Coelho, um inegável sucesso mundial de vendas de livros. Com a anuência do biografado, o autor mostra todo o seu histórico talento em  pesquisar e condensar momentos de uma vida.

Indico a leitura do “romance” a todos que gostem de tentar entender como sempre funcionaram os meios de comunicações em massa, pois as ideias são difundidas de todas as formas para o bem de “alguém”, sendo assim quando o poder financeiro é pequeno se faz o “porta a porta” por meio de distribuição de pequenos folhetos nas filas (de teatros... de bancos,  etc) e quando este mesmo poder financeiro é grande a ideia é distribuída via anúncios de Tv,  capas de revistas, outdoors dos mais variados etc. Sempre com o mesmo objetivo: Vender.

E vender não aceita regras diferentes de lucrar, assim um obstinado por um sonho tem que se valer de todos os artifícios para vencer na sua carreira, com isso muitas vezes se “esquece” da ética, da sobriedade da responsabilidade. O  livro  tem este lado positivo, não esconde os muitos “equívocos” do biografado, mostra um ser humano persistente, que depois de cada derrota vive “seu inferno particular”, que dura um tempo, mas sempre dá lugar para novas tentativas. É como se ele mesmo seguisse o conselho de seu “inimigo íntimo” Raul Seixas: Tente outra vez!
A conclusão do livro fica por conta do leitor que (se quiser) pode decidir se o biografado afinal conseguiu realizar seu sonho juvenil de ser um grande escritor, ou se da maneira equivocada que sempre usou para resolver suas questões conseguiu o que seria possível para ele: Ser uma celebridade. Leia e decida se quiser.

Ainda é fevereiro e já terminei de ler o Mago de Fernando Morais, dois livros em um mês? Novidade... na verdade seriam três, pois entre  As crônicas de Nárnia (post anterior) e este lí também “ Tudo o que você pensa, pense ao contrário” de Paul Arden, porem o livreto de Arden é só uma coletânea de pensamentos, que apesar de interessantes, são superficiais e nem merece ser considerado um livro, é um rápido passatempo. Ao contrario disto o Mago é sim um livro de verdade. Veja um trechinho abaixo.


“Até escrever o Diário de um Mago, porém, o garoto magricela criado nos bairros do Botafogo e da Gávea, no Rio, percorreria uma trajetória mirabolante. Aluno rebelde e relapso, sob os rigores de um pai severíssimo e implacável, acabou sendo internado à força por três vezes num hospício, e submetido a brutais sessões de eletrochoque. Confuso com sua própria identidade sexual, tomou a iniciativa de ir para a cama com homens, para só então decidir que aquele não era seu caminho. O jovem com tantas dificuldades para lidar com as mulheres na adolescência daria lugar, depois de adulto, a um colecionador de conquistas amorosas - algumas das quais transbordariam para a mídia. Fez de tudo nesse terreno, como participar de orgias e praticar sexo com uma garota num cemitério. Sua peculiar forma de encarar e relacionar-se com as mulheres não impediu, nem impede, que mantenha um sólido casamento de 28 anos com a artista plástica Christina Oiticica, de quem, assegura ele, nada nem ninguém fará "jamais" com que se separe. O homem que há mais de três décadas deixou a cocaína e há muitos anos não fuma maconha chegou a mergulhar fundo, e por muito tempo, no mundo das drogas, sem excluir praticamente nada. O tédio diante dos estudos formais, razão de seu permanente insucesso escolar, não impediu que Paulo se tornasse voraz consumidor de livros. (Fernando Morais)

15 de fevereiro de 2015

As Crônicas de Nárnia.



Era uma vez... rs! É por aí... Fantasia!  Porem sem  deixar de lado a crença  do autor e uma estreita ligação com fatos interessantes da realidade, porem  só percebemos todo o enredo “realista” (dentro do mundo “maravilhosos”)quando estamos na última crônica do livro.
Terminei de ler e recomendo a leitura aos que ainda não se aventuraram na terra de Aslam, via os filmes, apesar que em filmes não temos a oportunidade de sentir uma visão mais apurada de toda a historia, afinal é tudo muito mais rápido e além de perdermos pequenos detalhes que tem grandes significâncias “vemos” a visão do diretor e não do autor (se é que isso é possível, pois ao ler, misturamos nosso próprios conhecimentos ao texto).
Para mim, o penúltimo livro a ser escrito deve ter sido o que vem primeiro na coletânea, que é “o sobrinho do mago”, porque ele explica todos os outros, daí quem só viu os filmes de certa forma “perde” o começo da trama, creio que o ultimo livro, que se chama a última batalha deve ter sido realmente o ultimo a ser escrito, para “encaixar” a sequência correta e finalizar, afinal nada dura para sempre, nem Nárnia (?)!
Destaquei o último porque ele, de forma naturalmente maravilhosa, como é de se esperar em um livro de fantasia, mostra um fenômeno recente  (de pouco mais  de 100 anos?)  que é o surgimento de religiões , que dizem falar em nome de um ser “celestial”, para no fundo enriquecer seus “fundadores”. Era ler e mesmo sem querer misturar um monte de “celebridades” a imagem do macaco da historia.
Plagiando um texto famoso, quem não errou que atire a primeira pedra! ou melhor que faça a leitura e “atire o seu comentário”.

Para mais detalhes de cada conto, Clique Aqui